Genebra (CICV) – Com o objetivo de aumentar as oportunidades e a inclusão social das pessoas com deficiência, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha está no meio de uma grande expansão dos seus programas esportivos para pessoas com deficiência.
No próximo ano, o CICV expandirá seus programas para 10 países novos, o que eleva para 28 o número de países onde o CICV presta apoio às pessoas com deficiência através do esporte.
O objetivo de longo prazo do programa é grande: acabar com o estigma associado à deficiência física e criar estruturas nas sociedades que permitam às pessoas com deficiência atingir seu máximo potencial.
“É preciso garantir que as pessoas com deficiência não sejam excluídas por causa de ideias erradas do que elas são capazes de fazer”, disse o assessor de Deficiências, Esportes e Inclusão do CICV, Jess Markt. “É preciso promover caminhos para o emprego e a educação, bem como rechaçar a suposição de que alguém que teve poliomielite na infância ou que foi atingido por uma mina terrestre não pode ser pai, mãe ou um funcionário produtivo. Eles podem”.
Nesta terça-feira, 3 de dezembro, é comemorado o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, um dia que deve servir de lembrete e como disparador de conversas sobre as pessoas que vivem com uma deficiência o ano todo. Markt – que foi um atleta universitário no salto em altura da Universidade de Oregon, nos Estados Unidos, antes de ficar em cadeira de rodas devido a um acidente de carro – lidera os programas de esportes para pessoas com deficiência do CICV em todo o mundo.
“O dia 3 de dezembro se tornou o dia em que podemos nos concentrar em problemas como o da inclusão. É um dia importante para reivindicar os direitos e a conscientização sobre a deficiência em todo o mundo. O desafio é a necessidade de lembrar e incluir essa comunidade o ano todo”, disse Markt.
Um país onde o CICV trabalha com os atletas com deficiência é o Sudão do Sul. Oitenta jogadores de basquete em cadeira de rodas, incluindo 15 mulheres, estão reunidos agora em Juba para um treino de três semanas que culminará em um torneio de 12 a 13 de dezembro.
“Quando jogo, esqueço minha deficiência, eu coloco todas minhas forças, porque é uma oportunidade de aprender”, disse Mary Hezekiah, uma das jogadoras. “Nada seria impossível para as pessoas com deficiência se tivéssemos os meios certos, mas somos vistos como ninguém”.
Existem poucos serviços disponíveis para as pessoas com deficiência no Sudão do Sul e apenas três centros ortopédicos – todos apoiados pelo CICV – onde as pessoas recebem fisioterapia e dispositivos de mobilidade, como próteses e cadeiras de rodas.
“Todos os dias vemos novos pacientes nos centros ortopédicos, muitos dos quais sofreram amputações após ferimentos a bala”, disse o chefe da delegação do CICV no Sudão do Sul, James Reynolds. “É um duro lembrete de como o conflito alterou irreversivelmente a vida de muitas pessoas. Esperamos que este torneio ajude a combater o estigma e a exclusão das pessoas com deficiência”.
*Nove países novos: Guiné Bissau, Laos, Mali, Níger, Nigéria, Paquistão, Togo, Ucrânia e Vietnã.
Para obter mais informações, entre em contato com:
Jason Straziuso, CICV Genebra, +41 79 949 35 12
Florian Seriex, CICV Sudão do Sul, +211 912 360 038